"O patrimônio histórico e artístico de uma nação é o testemunho maior de sua cultura." - Mário de Andrade
A arte e o patrimônio cultural brasileiros estão profundamente ligados, pois ambos contribuem para a preservação da memória coletiva e da identidade nacional. O patrimônio cultural divide-se em bens materiais, como cidades históricas, obras de arte e monumentos, e bens imateriais, como músicas, danças, rituais e celebrações. Exemplos incluem Ouro Preto, Olinda, o samba, o frevo e a capoeira. Há ainda bens de paisagem cultural, como o Conjunto Moderno da Pampulha.
A pintura no Brasil surgiu antes da colonização, com manifestações rupestres e pinturas corporais indígenas. Após a chegada dos portugueses, a arte religiosa ganhou destaque, especialmente com os jesuítas. Durante o período colonial, prevaleceram os estilos barroco e rococó, como se vê na obra de Manoel da Costa Ataíde, em Ouro Preto.
No século XIX, a criação da Academia de Belas Artes marcou a institucionalização do ensino artístico no país, substituindo o aprendizado ligado a oficinas e igrejas. O Rio de Janeiro, com a presença da corte portuguesa, tornou-se o centro cultural do Brasil.
Já no século XX, o Modernismo trouxe uma nova fase, rompendo com modelos acadêmicos e buscando a brasilidade. Artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti valorizaram elementos da cultura popular e criaram uma arte mais conectada à identidade nacional.
A arquitetura também evoluiu: das construções indígenas passou ao barroco, ao neoclássico e ao ecletismo. No século XX, destacou-se a arquitetura moderna, com Brasília como símbolo, e, a partir dos anos 1980, a arquitetura contemporânea, voltada à sustentabilidade e inovação.
Por fim, os museus consolidaram-se como espaços de preservação cultural. O marco foi a criação do Museu Real, em 1818, atual Museu Nacional, seguido por instituições como o Museu Goeldi e o Museu Paulista. Assim, arte, arquitetura e museus formam um patrimônio que expressa a diversidade cultural do Brasil e reforça sua identidade coletiva.
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